segunda-feira, 6 de maio de 2013


A ascensão e o fortalecimento da classe contábil


Entre contadores e técnicos somos aproximadamente 500.000 profissionais em todo país, atuando na arte de registrar, classificar e resumir de maneira significativa os eventos, atos e fatos administrativos e monetários das entidades. 

Estamos entre as cinco maiores demandas profissionais do mercado de trabalho e passamos de meros apuradores de impostos a peças fundamentais na concessão de dados para a tomada de decisão empresarial. 

Somos analistas, contadores, auditores, consultores, pesquisadores, assessores, empresários, peritos e professores. 

Trabalhamos em empresas privadas, públicas, instituições de ensinos, entidades sem fins lucrativos e em nossas próprias empresas. 

Fazemos aberturas de empresas, encerramentos e alterações; elaboramos planejamentos, orçamentos e estratégias; emitimos relatórios, demonstrações e planos de ação; apuramos impostos e entendemos o complexo sistema tributário brasileiro. 

E ainda temos sucessores, são mais de 400.000 estudantes, já aprendendo nos novos padrões internacionais de contabilidade. 

Nossa profissão foi regulamentada em 1946. No ano de 1976, foi publicada a Lei das S/As, em 2007 a principal alteração desta Lei. A grande convergência internacional ocorreu em 2010, porém, destaco 2013 como um dos anos mais importantes para a contabilidade. 

Em janeiro comemoramos o dia do empresário contábil, em abril o dia do contabilista, em setembro o dia do contador. Mas, devemos nos orgulhar não somente por estas datas, mas pelos 365 dias deste marco histórico, pois 2013 é “O ano da Contabilidade no Brasil”. 

“Faremos várias ações para mobilizar a sociedade sobre a importância da profissão, bem como valorizar os profissionais de contabilidade”, diz Juarez Domingues Carneiro, presidente do Conselho Federal de Contabilidade, em Sessão Solene no Congresso Nacional. 
Este é o ano de valorizar a classe contábil, tornar positiva nossa imagem e conquistar o respeito da sociedade. 

Estamos vivendo uma mudança completa no horizonte profissional. Hoje temos uma contabilidade globalizada, harmônica com os padrões internacionais, fruto do aperfeiçoamento, da busca pelo conhecimento dos profissionais que militam na área. 

Somos capazes de dominar as inovações tecnológicas do Sistema Público de Escrituração Digital, nas modalidades: Fiscal, Contábil, Contribuição, Social e Folha. E seus derivativos como certificação digital, banco de balanço, notificação eletrônica, ponto eletrônico e desonerações. 

Mudanças que abrangem, principalmente, as pequenas e médias empresas, responsáveis por 95% do empresariado brasileiro. Estamos formalizando e orientando os gestores a tomarem decisões com base em relatórios fidedignos, oriundos da contabilidade. 

Parabéns, amigos contabilistas, pelas conquistas. A contabilidade está em um patamar de valorização que, para nós, é motivo de orgulho, temos muito a comemorar, façam parte desta história. 

Vamos juntos! 

*Ronnie de Sousa é contador, auditor interno e sócio fundador do Portal Contábil Essência Sobre a Forma www.essenciasobreaforma.com.br 

Fonte: Jornal Contábil.


Matéria postada por Werley Novais

quarta-feira, 13 de março de 2013



Técnicos do FMI põem em questão os balanços de bancos europeus



Técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) provocaram uma disputa acirrada com autoridades da zona euro, ao divulgarem estimativas revelando sérios problemas nos balanços patrimoniais de bancos europeus devido à integridade duvidosa de suas carteiras de dívida soberana de países da zona do euro.

A análise, discutida pela diretoria executiva do FMI, foi enfaticamente refutada pelo Banco Central Europeu BCE) e por governos da zona do euro, que a qualificaram de parcial e enganosa.

O estudo do FMI, contido em uma versão preliminar de seu Relatório sobre a Estabilidade Financeira Mundial, usa os preços de swaps de risco de crédito (CDS, em inglês) para estimar o valor de mercado de títulos dos governo dos três países da zona euro que estão recebendo socorro do FMI - Irlanda, Grécia e Portugal - bem como da Itália, Espanha e Bélgica.

Embora a análise do FMI possa ser revista, dois técnicos disseram que uma estimativa mostrou que a marcação a mercado de títulos soberanos reduziria o capital comum tangível - indicador básico da base de capital - dos bancos europeus em cerca de €200 bilhões (US$ 287 bilhões), ou seja, uma redução de 10% a 12%. O impacto poderá crescer substancialmente, talvez para o dobro, devido ao efeito dominó que a posse de ativos de bancos europeus por outros bancos europeus pode provocar.

Tanto o BCE como os governos da zona do euro contestaram essas estimativas.

Elena Salgado, ministra das Finanças da Espanha, disse ao "Financial Times" ontem que o FMI está errado em considerar apenas prejuízos potenciais, sem também levar em conta os "bunds" alemães, que subiram de preço, existentes em suas carteiras de ativos.

"A visão do FMI é tendenciosa", disse ela. "Eles só veem a parte ruim do debate."

Salgado acrescentou: "Essa é a segunda vez em que isso acontece", referindo-se ao relatório do Fundo publicado em outubro de 2009, que estimava que os bancos da zona do euro tinham depreciado apenas US$ 347 bilhões dos US$ 814 bilhões em prováveis prejuízos decorrentes da crise financeira.

Posteriormente, o FMI revisou para baixo aquele total de prejuízos prováveis, reduzindo-o em 25%. Salgado disse que os testes de estresse aplicados nos bancos europeus dão uma indicação melhor de suas vulnerabilidades.

Técnicos envolvidos no debate dizem que a análise baseada em remarcação a mercado pode explicar grande parte da recente queda nas cotações de ações dos bancos comerciais europeus, inclusive de instituições francesas e alemãs, que têm grandes exposição à dívida soberana da zona do euro.

"A remarcação a mercado envolve reduções relativamente brutais, mas essas são as estimativas que os fundos hedge estão utilizando, atualmente", disse um técnico. Isso vai de encontro às críticas aos bancos europeus divulgadas pela Diretoria de Normas Contábeis Internacionais (IASB, na sigla em inglês), que define regras de contabilidade bancária à Diretoria de Normas Contábeis Internacionais (IASB, na sigla em inglês), agência fiscalizadora dos mercados na União Europeia.

Financial Times

Fonte: Jornal Contábil.

Matéria postada por Werley Novais