quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Um quarto do faturamento das empresas é sonegado


Por ano, as empresas brasileiras deixam de declarar R$ 1,3 trilhão ou 25% do seu faturamento e sonegam cerca de R$ 200 bilhões, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Política Tributária (IBPT). Os números são reflexos direto da alta carga tributária do país, diz o presidente do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), Allan Titonelli.
“Pelo fato de o Brasil ter uma grande carga tributária, as pessoas e as empresas começam a ponderar se devem ou não pagar o tributo”, afirma. De acordo com o IBPT, há indícios de sonegação na declaração de 65% das empresas de pequeno porte, 49% das empresas de médio porte e 27% das grandes empresas.
O advogado especialista em crimes contra a ordem econômica, financeira e tributária, Marco Meireles, diz que sonegar no Brasil é uma forma de buscar mais competitividade. “Essa ocultação de receita é uma questão de sobrevivência”, afirma.
Ele afirma que, todo ano, quando a Receita Federal publica a instrução normativa do Imposto de Renda, começa um “jogo de gato e rato” entre as empresas e o governo. “As empresas procuram todas as brechas possíveis para diminuir o ganho do maior sócio que elas têm, que é o governo”, afirma.
Pirataria. A outra face da fuga dos altos impostos é a pirataria, que movimenta cifras consideradas no Brasil. O comércio de produtos falsificados e contrabandeados custa ao país dois milhões de empregos formais e R$ 40 bilhões em impostos não arrecadados, segundo estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
O prejuízo atinge praticamente todos os setores da economia, com destaque para têxtil, eletrônicos, softwares, indústria fonográfica, medicamentos, calçados e brinquedos. Para se ter uma ideia, para cada CD original vendido no país, são vendidos cinco piratas.
COMBATE
Governo aumenta fiscalização
Entre 2005 e 2010 a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional recuperou R$ 81,755 bilhões em impostos que haviam sido sonegados. A intensificação do trabalho dos procuradores, somada a novos mecanismos de controle fiscal, como a nota fiscal eletrônica, e ao cruzamento de dados cada vez mais completo da Receita Federal, vem reduzindo a sonegação.
“Com os mecanismos de controle, as empresas se viram obrigadas a mostrar o seu real faturamento”, diz o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi Olenike.
De acordo com a entidade, em 2004 as empresas deixaram de declarar 39% do faturamento. A expectativa é que o percentual continue caindo e que em cinco anos o Brasil tenha o menor índice de sonegação da América Latina.
Em uma década, o país deve conseguir reduzir a sonegação aos patamares dos países desenvolvidos. Para o presidente do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz), Allan Titonelli, esse aumento de arrecadação deveria servir de ponto de partida para uma redução na carga tributária. (APP)

Fonte: Jornal Contábil - on line
http://jornalcontabil.com.br/v5/?p=541


Esta matéria é uma contribuição do Profº. Flávio Dantas, docente dos cursos de Ciências Contábeis da FAINOR e UESB, e também, orientador/componente do Grupo de Pesquisas e Estudos Contábeis - Graciliano Ramos

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Você Sabe o Que é o "Multiplicador Bancário"? Causou Esta Crise.


Antigamente, bancos eram Caixas de Depósitos de dinheiro.
Não era seguro deixar dinheiro debaixo dos colchões, e as pessoas entregavam o dinheiro para as Caixas Fortes, que viriam a ser os grandes bancos de hoje.
Você entregava o seu dinheiro, o caixa anotava numa caderneta de depósito e colocava o seu dinheiro, junto com o dos demais clientes, na Caixa Forte do Banco.
Aí surgiu uma das grandes descobertas econômicas da época.
90% do dinheiro depositado nunca saía do lugar.
A grande movimentação do retira e deposita se concentrava nos 10% de cima do dinheiro.
Isto foi visto pelos economistas da época como uma grande oportunidade de lucro.
O banqueiro poderia emprestar 90% do dinheiro e cobrar juros. Sem você perceber. 
Um ganho extra para os banqueiros. Leia http://pt.wikipedia.org/ sobre o Multiplicador Bancário.
Um banco poderia emprestar assim, 10 vezes o que os depositantes lhe confiaram.
Por isso, os banqueiros adoram economistas.
Eles descobriram uma "lei" econômica e tanto.
Mas para esta lei funcionar é preciso mentir, fugir com a ética, e correr um risco enorme, que pode causar crises como esta que estamos passando.
Onde está a mentira?
Quando você lê o seu estrato bancário, dizendo que você tem R$ 3.300,00 depositado em sua conta corrente, somente R$ 300,00 está de fato depositado.
O resto foi emprestado, sem sua permissão. 
Você não tem um depósito de R$ 3.300,00, como legalmente a firma o seu "extrato".
Você só tem R$ 300,00. Os R$ 3.000,00 restantes são "a receber do banco", com a garantia do dono do banco. Uma bela diferença!
O extrato bancário está escondendo uma pequena mentira.
O seu "saldo" não está tão seguro assim, somente R$ 300,00. O resto foi emprestado para a Grécia, American Airlines, e quem sabe quem. 
Criou-se uma forma legal de estelionato, onde o dinheiro é "roubado" temporariamente, e aplicado temporariamente na Grécia, Titulos do Governo Brasileiro, Marfrig, gerarando este "Multiplicador Bancário".
Seu depósito permite ao Banco Emprestar 10 vezes em cima dele, mas quem fica com o lucro são os bancos e técnicos que fizeram os cálculos.
Por isto antigamente todos os "serviços" eram de "graça". 
Vejamos o Banco do Brasil, um banco acima de qualquer suspeita. Ele tem 140 bilhões de depósitos à vista incluído poupança, que também é à vista.
Mas ele só tem 9 bilhões de dinheiro disponível. Este é um segredo mantido a sete chaves. 
Se 140 bilhões pedirem os seus saldos, vão descobrir que não tem para pagar nem os 10%. E aí, como fica? 
Por isto criaram o interbancário e o Banco Central. 
De tempos em tempos, o que os bancos deixam como "disponibilidade" não é suficiente, tem dias que muitos clientes decidem sacar, muitas vezes para depositar em outro banco concorrente.
Por isto, criaram o que se chama o Interbancário, os bancos emprestam entre si a diferença.
De tempos em tempos, todo o sistema financeiro entra em crise, como agora, e por isto criaram o Banco Central, que socorre os banqueiros que emprestaram 10 vezes o nosso dinheiro, quando falta liquidez no sistema. 
Tudo supervisionado pelos próprios economistas que criaram toda esta corrente da felicidade. As raposas cuidando do galinheiro. Deu no que deu. 
É este "multiplicador bancário", que tem causado uma crise mundial após outra, desde que descobriram que só 10% dos depositantes querem ver a cor do dinheiro, em média.
Este engodo original já foi tão esquecido, que a maioria dos textos sobre Multiplicador Bancário, dizem que isto é devido a uma lei do Banco Central. 
O correto seria pelo menos você receber os juros do seu dinheiro emprestado, ou no máximo cobrar uma comissão.
Mas emprestar o seu depósito bancário sem a sua permissão, tem um artigo no código penal que eu não me lembro exatamente qual é.  

Esta matéria é uma contribuição do Profº. Flávio Dantas, docente dos cursos de Ciências Contábeis da FAINOR e UESB, e também, orientador/componente do Grupo de Pesquisas e Estudos Contábeis - Graciliano Ramos

Fonte: Blog do Prof Stephen Kanitz - 03/02/2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Empresas e Contadores, combinação de um composto unisônico


“A leitura e entendimento do presente artigo exigem uma educação globalizada. Na ocorrência da leitura por um néscio, poderá levá-lo á ações inapropriadas”.(O autor)

O cenário econômico vislumbra uma posição vantajosa em face da situação desse cenário no mercado externo e interno, alavancado pelas projeções de projetos que hão de viabilizar maior injeção de investimento na economia nacional.
É bem verdade que a adequação internacional e as inovações tributárias exigem uma transparência e controle interno inigualável, mas devemos entender que a sustentabilidade e a continuidade de empresas e profissionais de contabilidade derivam de sua irmandade.
Quaisquer ações ou estratégias que possam nebular essas propriedades porão em RISCO o capital investido e a responsabilidade desses profissionais.
As empresas de todos os portes devem demonstrar maior transparência em suas demonstrações contábeis e financeiras, pois o momento assim exige. Somente navegaremos em brandas águas se houver ações corretivas que busquem essa característica. O investidor sabe que o momento é incomum e quão mais veracidade dos fatos da gestão empresarial for mensurado, maior confiança e legitimidade do seu Diagnóstico Empresarial e do PES – Planejamento Estratégico Sustentável acontecem.
Podemos afirmar com clarividência que todas as crises, sejam financeiras ou econômicas, derivam da ausência de transparência na mensuração dos fatos da gestão empresarial, e o sistema econômico só poderá dar a sustentação necessária se tiver uma base real e legal.
O momento econômico exige uma postura atípica e cautelar e a contratação de profissionais deve ter uma melhor avaliação, principalmente se o contratado tem outros valores que lhos possam qualificar, tais como ARTIGOS (técnicos ou científicos em sua área de atuação), se têm livros publicados, se leciona em educação universitária, se palestra em sua área, se tem projetos que o notabilize, se tem cursos profissionalizantes para qualificação de gestores, e demais.
Se já contratado, PEGUNTE-SE:
a.     Quais os feitos que agregaram valor a sua gestão;
b.     Elabora um Diagnóstico Empresarial regularmente;
c.      Elabora um PES – Planejamento Estratégico Sustentável;
d.     Contribui para um melhor Controle Interno da gestão;
e.     Oferece análise comparativa dos Demonstrativos Contábeis com os controles de sua gestão.
f.        Quais estratégias legais foram sugeridas à sua gestão.
A particularidade do momento exige uma postura comprometida com os resultados e a redução de riscos, pois as ameaças estão se concretizando e sua inércia poderá resultar em catástrofe.
Lembre-se, não é o animal mais forte ou mesmo o mais inteligente que poderá sobreviver ás ameaças que se aproximam e sim aquele que mais rápido se adequar as circunstâncias necessárias.
Lamento por aqueles que não têm a oportunidade da leitura e entendimentos dos meus artigos, pois serão os primeiros a sentir na pela essa inépcia, mas devemos entender que isso é o sistema econômico, onde alguns devem perder, para a sustentabilidade e continuidade dos demais.
A voracidade da política fiscal e tributária, os fatores derivativos das crises econômicas e financeiras, os efeitos das soluções de contenção desses agravos deixam sociedade e empresa á deriva a um passo da linha tênue, que tangencia a curva que separa os fracassados e os sobreviventes.
As médias e grandes empresas têm reservas para sua sustentabilidade, as micros e pequenas hão de sofrer com esse esforço, pois representam a base da pirâmide que se quantifica e pouco se qualifica.
Agora podemos entender como o sistema econômico se alimenta e se recupera, pois sempre haverá aqueles que pagarão por sua incompetência.
O grande problema é sabermos que preço você está propenso a pagar.
É inegável, mas a solução mais inteligente no momento é a SINCRONIA RACIONAL na união de profissionais que possam agregar valor ao empreendimento.
Aquelas estratégias fúteis e débeis em sonegar tributos e custos trabalhistas, incinerar a empresa, omitir faturamento, e demais fantasias, são facilmente identificáveis, e sua única saída é a transparência e a profissionalização de sua gestão, caso contrário poderá utilizar o epitáfio “Aqui jaz um empreendimento”.
Elenito Elias da Costa - Contador, Auditor, Consultor, Analista Econômico Financeiro, Professor Universitário, Professor Avaliador do MEC

Fonte: Jornal Contábil


Esta matéria é uma contribuição do Profº. Flávio Dantas, docente dos cursos de Ciências Contábeis da FAINOR e UESB, e também, orientador/componente do Grupo de Pesquisas e Estudos Contábeis - Graciliano Ramos

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

BSC – Balanced Scorecard


BSC – Balanced Scorecard – é uma sigla que, traduzida, significa Indicadores Balanceados de Desempenho.

Este é o nome de uma metodologia voltada à gestão estratégica das empresas. Esta metodologia pressupõe que a escolha dos indicadores para a gestão de uma empresa não deve se restringir a informações econômicas ou financeiras. Assim como não é possível realizar uma navegação segura baseando-se apenas na bússola do capitão da embarcação,indicadores financeiros não são suficientes para garantir que a empresa está caminhando na direção correta. É necessário monitorar, juntamente com resultados econômico-financeiros, desempenho de mercado junto aos clientes, desempenho dos processos internos e pessoas, inovações e tecnologia. Isto porque o somatório das pessoas, tecnologias, inovações, se bem aplicada aos processos internos das empresas, alavancarão o desempenho esperado no mercado junto aos clientes e trarão à empresa os resultados financeiros esperados. Isto é o que se chama de criar valor com ativos intangíveis.

BSC, portanto, a partir de uma visão integrada e balanceada da empresa, permite descrever a estratégia de forma clara, através de objetivos estratégicos em 4 perspectivas: financeira, mercadológica, processos internos e aprendizado & inovação; sendo todos eles relacionados entre si através de uma relação de causa e efeito. Além disso, o BSC promove o alinhamento dos objetivos estratégicos com indicadores de desempenho, metas e planos de ação. Desta maneira, é possível gerenciar a estratégia de forma integrada e garantir que os esforços da organização estejam direcionados para a estratégia.

O BSC foi originalmente criado pelos Professores da Harvard Business School, Robert Kaplan e David Norton em 1992 e, desde então, vem sendo aplicado com sucesso no mundo inteiro em centenas de organizações do setor privado, público e em organizações não-governamentais. Pesquisas recentes indicam que cerca de 50% das empresas da lista Fortune 1000 estão utilizando o Balanced Scorecard nos EUA e na Europa entre 40% e 45%. O BSC foi escolhido pela renomada revista Harvard Business Review como uma das práticas de gestão mais importantes e revolucionárias dos últimos 75 anos. No ano 2001, o Primeiro Comitê Temático do PNQ - Prêmio Nacional da Qualidade - elegeu o Balanced Scorecard como uma das ferramentas de gestão para a excelência empresarial. Além disso, o BSC contribui direta e indiretamente para o alcance de aproximadamente 580 pontos nos critérios de excelência do PNQ.

Balanced Scorecard se diferencia de todos os outros modelos de gestão porque ele pode agregar todos os modelos de controle financeiro e não financeiro que existem, desde que propiciem ao administrador uma forma de indicador de desempenho.

Esta matéria é uma contribuição do discente Werley Novais, componente do Grupo de Pesquisas e Estudos Contábeis - Graciliano Ramos