quarta-feira, 19 de setembro de 2012


Planejamento de longo prazo


Como definir novos mercados, produtos, necessidade de capital e horizonte ideal de planejamento.
Planejar o futuro pode parecer, nos dias de hoje, algo muito distante e inatingível. Realmente, na velocidade em que as coisas acontecem atualmente, temos a sensação de que um mês passa como se fosse um século.
No entanto, planejar as nossas operações para prazos maiores pode trazer uma série de benefícios, tais como: adquirir uma melhor visão de nosso negócio e das variáveis que o impactam, identificar os pontos de melhoria e, principalmente, identificar tendências que, quando concretizadas, desenharão as futurasnecessidades de mercado.
Tendências, é importante lembrar, não representam efetivamente a certeza de que determinado cenário ocorrerá, mas sim desenhos de cenários que têm grande probabilidade de ocorrer vis-à-vis algumas mudanças que certamente ocorrerão e outras com grandes chances de acontecerem. Estes cenários podem estar associados a mudanças de tecnologia, legislação, demografia, economia, entre outras.
No Brasil, por exemplo, temos informações quase diárias de várias tendências que irão, certamente, alterar de forma significativa os mercados em que atuamos. No que se refere a aspectos demográficos, temos projeções que apontam para um amadurecimento e envelhecimento da população, urbanização, além da já famosa mudança da pirâmide social.
As tendências citadas não são futurológicas e muito menos esotéricas, mas sim cenários para os quais qualquer empreendedor deve estar atento e preparado para identificar oportunidades e ameaçasdecorrentes dos mesmos. A partir do conhecimento mais preciso sobre elas (algumas podem ser obtidas em relatórios públicos de entidades como IBGE, SEBRAE, entre outras), o empreendedor deverá iniciar umprocesso de projeção futura de suas atividades, simulando essas mudanças futuras.
A primeira atividade que recomendo é verificar, antes de pensar em novos produtos, qual é a sua atual linha de produtos e serviços e quais deles serão impactados por maior ou menor demanda futura. Em seguida, sugiro que o empreendedor comece a “viajar” um pouco e, em função de seu atual expertise e DNA, conceba quais tipos de novas soluções e produtos poderia dispor para esse novo mercado que virá.
Não existe uma formula mágica sobre o horizonte ideal para fazer essas projeções, mas acredito ser interessante fazer esse exercício para um período de ao menos três anos e, a partir disso, revisitá-lo anualmente e fazer os ajustes para mais três anos.
Dessa forma, embora esteja projetando coisas para o futuro, o empreendedor sempre terá uma visão de custos e investimentos necessários mais próximos da sua realidade atual. E, como recomendação final, não tenha medo de mudar, pois, como dizia Peter Drucker: “Mais arriscado que mudar é continuar fazendo a mesma coisa”.
Carlos Alberto Miranda é sócio-fundador da BR Opportunities, gestora de Private Equity com foco em empresas de rápido e alto crescimento.
Fonte: Endeavor Brasil.
Matéria postada  por Werley Novais.

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