segunda-feira, 2 de julho de 2012

Ligado a um bom planejamento de viabilidade econômica e um orçamento bem elaborado as empresas podem lograr êxito no transcorrer de suas operações. Quando da feitura destes a ideologia, estratégia e operações, estruturadas a partir da missão e objetivos das empresas, auxiliam no instante decisório de inovação ou expansão física ou para novos mercados. O ClickContábeis segue no caminho de matérias que auxiliem os gestores a melhor gerenciarem seus empreendimentos próprios ou àquele a qual está afeto, a partir do uso de ferramentas exclusivas da contabilidade. Sugiro uma leitura atenta da matéria abaixo, bem como uma incursão mais apurada no tema, pois representa um diferencial na gestão de empresas no atual ambiente de concorrência agressiva.

Ligando Ideologia, Estratégia e Operações
A empresa que busca crescer deve estar atenta às oportunidades de novos produtos e mercados, desenvolvendo sua estratégia e modelo de negócios.

A base para estabelecer um planejamento de médio e longo prazo é determinar quem somos como  organização e qual é nosso papel no contexto da sociedade, o que significa ter clareza de quais são os nossos Valores e qual a nossa Missão, ou Propósito. Estas são coisas que, embora possam sofrer evolução no processo de amadurecimento da empresa, tendem a permanecer imutáveis, às vezes por décadas. Outro fator central de onde se desdobra todo o planejamento e, consequentemente, as ações administrativas é a Visão, a imagem mental de onde se quer chegar como organização em determinado prazo. Por sua própria natureza, a Visão não é definitiva, uma vez que se for atingida deve ser substituída por outra, mas o ideal é que tenha um horizonte razoável, de cinco a dez anos e que seja, como coloca o Jim Collins, grande, ambiciosa e cabeluda – não pode ser algo fácil, e sim desafiador, que inspire e motive o empreendedor e a equipe. Valores, Missão e Visão são a ideologia da empresa, um centro em torno do qual orbitam as atividades estratégicas e operacionais.

Agora sim podemos partir para o exame da posição da organização frente ao mercado e quais são as suas competências presentes ou potenciais. Uma maneira simples de se fazer isso é usar a metodologia SWOT, ou FOFA (forças, oportunidades, fraquezas e ameaças), que organiza o entendimento do ambiente e das potencialidades internas. A metodologia de Análise da Indústria, conforme proposta pelo Michael Porter, também pode ser uma ferramenta bastante útil ao examinar fornecedores, substitutos, entrantes no mercado, atuais competidores e clientes. Essas abordagens ajudam a organizar o processo mental para a empresa posicionar-se estrategicamente.

Para uma organização orientada para o mercado, o Posicionamento Estratégico diz respeito a determinar quem são nossos clientes, o que é importante para eles segundo nosso entendimento, o que estamos oferecendo e qual é o nosso diferencial competitivo. As empresas que estabelecem propostas bem claras e diferenciadas de valor são aquelas que se destacam da mediocridade geral. Pode-se dizer que existem dois caminhos principais para uma empresa competir de forma diferenciada no mercado: vender produtos e serviço de alto valor para o cliente e saber cobrar por isto ou focar-se na eficiência operacional de forma a conseguir custos e preços menores que os competidores. É uma escolha e dificilmente se pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo. O passo seguinte é ir ao mercado, de forma consistente com seus Valores, Missão, Visão e Posicionamento Estratégico.

As decisões básicas relacionadas a como ir ao mercado são referentes aos conhecidos 4 P´s do Marketing: Produto, Praça (canais de distribuição), Preço e Promoção. Devemos cuidar para que estes itens sejam definidos de forma alinhada entre si e sejam desdobramentos do posicionamento estratégico da empresa. Ao tomar decisões sobre cada um dos P´s, devemos retornar o posicionamento e lembrar quem são os nossos clientes, o que querem e qual o nosso diferencial. É muito importante ter esta consistência. Neste momento, ao tomar estas decisões e distribuir as ações no tempo, determinando responsáveis e alocando recursos, temos estabelecido nosso Planejamento Operacional.

A questão agora é fazer acontecer. Naturalmente ninguém chega até aqui sozinho. Quanto mais a equipe tenha participado da construção deste caminho, mais motivados e preparados para fazer acontecer ela estará. Constantemente devemos fazer rodar o ciclo PDCA, fazendo, checando, corrigindo os caminhos e ajustando as ações. Para manter as coisas no caminho, devemos lançar mão das ferramentas de controle e diagnóstico, mantendo constante atenção nos indicadores mais importantes do negócio, ligados a tecnologia, pessoas, finanças, mercado e eficiência operacional. É de conhecimento geral que quem não controla não gerencia e é fundamental acompanhar a execução e os resultados, de forma contínua.

A estratégia não é coisa fixa, os movimentos do mercado, da tecnologia e dos competidores assim como os resultados alcançados devem ser monitorados permanentemente, fazendo as devidas correções mesmo no posicionamento estratégico. A empresa que busca crescer deve estar atenta às oportunidades de novos produtos e mercados, desenvolvendo sua estratégia e modelo de negócios. Isto nos remete novamente à analise da indústria, do ambiente, das forças e fraquezas internas, fechando o ciclo que se movimenta continuamente em torno da ideologia central do negócio.

André Rezende é fundador e presidente da Prática Fornos e Empreendedor Endeavor desde 2008.
Fonte: EndeavorBrasil.

Matéra postada por Werley Novais, membro do Grupo de Pesquisas e Estudos Contábeis Graciliano Ramos GPEC-GR.
 

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