Ligado
a um bom planejamento de viabilidade econômica e um orçamento bem elaborado as
empresas podem lograr êxito no transcorrer de suas operações. Quando da feitura
destes a ideologia, estratégia e operações, estruturadas a partir da missão e
objetivos das empresas, auxiliam no instante decisório de inovação ou expansão
física ou para novos mercados. O ClickContábeis segue no caminho de matérias
que auxiliem os gestores a melhor gerenciarem seus empreendimentos próprios ou
àquele a qual está afeto, a partir do uso de ferramentas exclusivas da
contabilidade. Sugiro uma leitura atenta da matéria abaixo, bem como uma
incursão mais apurada no tema, pois representa um diferencial na gestão de
empresas no atual ambiente de concorrência agressiva.
Ligando Ideologia,
Estratégia e Operações
A empresa que busca crescer deve estar
atenta às oportunidades de novos produtos e mercados, desenvolvendo sua
estratégia e modelo de negócios.
A base para estabelecer um planejamento de médio
e longo prazo é determinar quem somos como organização e qual é nosso
papel no contexto da sociedade, o que significa ter clareza de quais são os
nossos Valores e qual a nossa Missão, ou Propósito.
Estas são coisas que, embora possam sofrer evolução no processo de
amadurecimento da empresa, tendem a permanecer imutáveis, às vezes por décadas.
Outro fator central de onde se desdobra todo o planejamento e,
consequentemente, as ações administrativas é a Visão, a
imagem mental de onde se quer chegar como organização em determinado prazo. Por
sua própria natureza, a Visão não é definitiva, uma
vez que se for atingida deve ser substituída por outra, mas o ideal é que tenha
um horizonte razoável, de cinco a dez anos e que seja, como coloca o Jim
Collins, grande, ambiciosa e cabeluda – não pode ser algo fácil, e sim
desafiador, que inspire e motive o empreendedor e a equipe. Valores,
Missão e Visão são a ideologia da empresa, um centro em torno do
qual orbitam as atividades estratégicas e operacionais.
Agora sim podemos partir para o exame da posição
da organização frente ao mercado e quais são as suas competências presentes ou
potenciais. Uma maneira simples de se fazer isso é usar a metodologia SWOT,
ou FOFA (forças, oportunidades, fraquezas e
ameaças), que organiza o entendimento do ambiente e das potencialidades
internas. A metodologia de Análise da Indústria, conforme
proposta pelo Michael Porter, também pode ser uma ferramenta bastante útil ao
examinar fornecedores, substitutos, entrantes no mercado, atuais competidores e
clientes. Essas abordagens ajudam a organizar o processo mental para a empresa
posicionar-se estrategicamente.
Para uma organização orientada para o mercado,
o Posicionamento Estratégico diz respeito a determinar
quem são nossos clientes, o que é importante para eles segundo nosso
entendimento, o que estamos oferecendo e qual é o nosso diferencial
competitivo. As empresas que estabelecem propostas bem claras e diferenciadas
de valor são aquelas que se destacam da mediocridade geral. Pode-se dizer que
existem dois caminhos principais para uma empresa competir de forma
diferenciada no mercado: vender produtos e serviço de alto valor para o cliente
e saber cobrar por isto ou focar-se na eficiência operacional de forma a
conseguir custos e preços menores que os competidores. É uma escolha e
dificilmente se pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo. O passo seguinte é ir
ao mercado, de forma consistente com seus Valores, Missão, Visão e
Posicionamento Estratégico.
As decisões básicas relacionadas a como ir ao
mercado são referentes aos conhecidos 4 P´s do Marketing: Produto,
Praça (canais de distribuição), Preço e Promoção. Devemos cuidar para
que estes itens sejam definidos de forma alinhada entre si e sejam
desdobramentos do posicionamento estratégico da empresa. Ao tomar decisões
sobre cada um dos P´s, devemos retornar o posicionamento e lembrar quem são os
nossos clientes, o que querem e qual o nosso diferencial. É muito importante
ter esta consistência. Neste momento, ao tomar estas decisões e distribuir as
ações no tempo, determinando responsáveis e alocando recursos, temos
estabelecido nosso Planejamento Operacional.
A questão agora é fazer acontecer.
Naturalmente ninguém chega até aqui sozinho. Quanto mais a equipe tenha
participado da construção deste caminho, mais motivados e preparados para fazer
acontecer ela estará. Constantemente devemos fazer rodar o ciclo PDCA, fazendo,
checando, corrigindo os caminhos e ajustando as ações. Para manter as coisas no
caminho, devemos lançar mão das ferramentas de controle e diagnóstico, mantendo
constante atenção nos indicadores mais importantes do negócio, ligados a
tecnologia, pessoas, finanças, mercado e eficiência operacional. É de conhecimento
geral que quem não controla não gerencia e é fundamental acompanhar a execução
e os resultados, de forma contínua.
A estratégia não é coisa fixa, os movimentos do
mercado, da tecnologia e dos competidores assim como os resultados alcançados
devem ser monitorados permanentemente, fazendo as devidas correções mesmo no
posicionamento estratégico. A empresa que busca crescer deve estar atenta às
oportunidades de novos produtos e mercados, desenvolvendo sua estratégia e
modelo de negócios. Isto nos remete novamente à analise da indústria, do
ambiente, das forças e fraquezas internas, fechando o ciclo que se movimenta
continuamente em torno da ideologia central do negócio.
André
Rezende é fundador e presidente da Prática Fornos e
Empreendedor Endeavor desde 2008.
Fonte: EndeavorBrasil.
Matéra postada por Werley Novais, membro do Grupo de Pesquisas e Estudos Contábeis Graciliano Ramos GPEC-GR.
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